02/08/2019
Antônio Fabron, um dos idealizadores do Grupo Diagnósticos do Brasil (DB), fala à Abramed em Foco sobre a importância – e os desafios – de manter um atendimento de alta qualidade. Laboratório exclusivo de apoio, ou seja, especializado em prestar serviços de terceirização de exames de análises clínicas para outros laboratórios, o grupo conta com três grandes unidades técnicas instaladas em São Paulo, no Paraná e em Pernambuco.
Segundo Fabron, que é médico com doutorado e pós-doutorado em hematologia, e responde pela diretoria geral da marca, a expansão em curso no DB ampliará a capacidade de produção do laboratório para 15 milhões de exames ao mês. Além disso, o grupo investiu na descentralização em busca de proximidade com os clientes e otimização do tempo de entrega das amostras. Como consequência, também ampliou a qualidade dos resultados.
Confira a entrevista completa.
Abramed em foco: Qual é o grande desafio do DB na atualidade?
Antônio Fabron: Inauguramos o DB em 2011 e todo nosso crescimento desde então se deve ao foco total no cliente. Não temos dúvidas de que manter esse atendimento diferenciado é o nosso maior desafio. Para isso, seguimos investindo. Durante o ano de 2018, por exemplo, realizamos mais de 600 treinamentos junto aos nossos clientes. É essa proximidade que nos permite entender as reais necessidades dessas empresas, para que possamos disponibilizar a melhor estrutura, oferecendo o que chamamos de apoio integral. Entendemos que a garantia de qualidade que ofertamos contribui para o fortalecimento e a sustentabilidade dos nossos clientes. E temos total ciência de que nossas próprias força e sustentabilidade estão atreladas a isso.
Abramed em foco: E quais são os principais diferenciais do DB?
Antônio Fabron: Desde o início, nossa filosofia de trabalho está em um modelo de atuação extremamente ético e transparente, e que oferece uma parceria sem nenhuma relação de concorrência. Foi assim que idealizamos uma empresa 100% para apoio.
Quando pensamos em nossos diferenciais, podemos elencar dois pontos principais. O primeiro deles, que inclusive contraria a tendência do mercado de apoio, está vinculado à decisão por descentralizar nossas operações. Hoje temos uma unidade em Curitiba (PR), que atende aos estados do Sul do país; outra em Sorocaba (SP), em contato com todo o Centro-Oeste e o Sudeste; e uma terceira em Recife (PE), inaugurada há cerca de nove meses para dar suporte ao Norte e ao Nordeste.
O segundo ponto está na proximidade com os clientes graças às nossas mais de 40 unidades regionais de atendimento espalhadas pelo Brasil, que nos capacitam a dar um rápido suporte de insumos e a realizar uma pré-triagem de amostras in loco. Assim, quando detectamos alguma alteração na qualidade dessa amostra, solicitamos uma nova coleta rapidamente, antes mesmo de o material chegar ao centro para a análise. Essas unidades regionais, além de promoverem agilidade, nos permitem preservar as culturas regionais.
Abramed em foco: E por que é tão importante preservar as regionalidades?
Antônio Fabron: Temos profissionais naturais de cada região capazes de entender as relações de negócios locais, a cultura e as particularidades de cada sociedade. Um representante comercial do Sul do país que atua no Nordeste pode encarar dificuldades devido às diferenças culturais do nosso país, que é continental. Assim, sempre temos indivíduos falando a mesma língua.
Abramed em foco: Quanto à descentralização, qual foi a estratégia por trás dessa decisão?
Antônio Fabron: Seguimos o conceito de que o grande negócio de um serviço de apoio é a logística deste atendimento. Uma amostra que chega mais rápido ao setor de processamentos gera resultados mais confiáveis e permite aos clínicos a tomada mais ágil de decisões.
Abramed em foco: E quanto à inovação tecnológica? Pode ser um diferencial nesse campo?
Antônio Fabron: A tecnologia é partilhada de forma praticamente igualitária por todos os envolvidos no segmento de apoio diagnóstico, então somos todos bastante parecidos em termos de digitalização e equipamentos. Os diferenciais sempre se consolidam no atendimento prestado.
Abramed em foco: Recentemente, o DB superou a marca de 7 milhões de exames processados ao mês. Qual é a próxima meta?
Antônio Fabron: Ampliar a nossa capacidade de produção. Em 2018 fizemos um investimento de aproximadamente R$ 50 milhões para atingirmos a meta de 15 milhões de exames ao mês. Assim, estamos mudando a nossa sede de São José dos Pinhais (PR) para uma nova unidade que será inaugurada em Curitiba (PR), em setembro. Essa mudança, além de melhorar a qualidade do nosso atendimento, também melhora a condição de trabalho dos colaboradores.
Abramed em foco: A seu ver, qual é a importância de a Abramed ser uma associação que reúne todos os players do setor, desde grandes hospitais até pequenos laboratórios?
Antônio Fabron: Vimos na Abramed a oportunidade de nos juntarmos a uma associação séria e ética, que representa nosso segmento perante órgãos reguladores, entidades de classe, poder público e, também, perante a sociedade em geral. Além disso, encontramos a oportunidade de trocar experiências e conhecimentos com os grandes nomes da medicina diagnóstica do país, empresas que estão há mais tempo no mercado e que, em muitos momentos, nos vemos em contato. Esse inter-relacionamento entre os setores nos permite um aprendizado amplo sobre as necessidades dos nossos clientes.
Abramed em foco: O que esperam da Abramed?
Antônio Fabron: A Abramed hoje nos concede, também, uma grande visibilidade. Como exemplo temos a consolidação do Painel Abramed, que terá uma nova versão em breve, um material que gera muitas oportunidades de negócios, pois o mercado enxerga essa publicação como referência no setor de medicina diagnóstica.
Nada melhor, para nós do DB, do que estarmos associados a uma entidade que congrega as principais lideranças. Fomos recebidos com muito respeito e hoje o setor realmente nos vê como uma empresa séria, que atua de forma ética e transparente. Fazer parte desse contexto é motivo de orgulho para nós.
FONTE ABRAMED
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